Sustentabilidade do setor têxtil em sessão dupla na Lavorada

Os próximos eventos do Clube de Literacia Climática são fruto de uma parceria com a IV Edição do Festival Lavorada, um evento promovido pela Lavorada – Associação dos Lavores, a acontecer no próximo dia 15 de junho, sábado, nos jardins da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto.

Oficina “Remendos criativos” com Marta Vinhas | 10h30 | Festival Lavorada

Quantas vezes descartamos peças de roupa porque estão irremediavelmente manchadas, porque não sabemos remendar ou porque o arranjo não compensa? Cerca de 5% do lixo a nível mundial são têxteis, o equivalente a um camião de roupa por segundo. Com uma simples agulha, linhas e criatividade (e algum tempo, não muito) podemos prolongar a vida das nossas peças de roupa e torná-las únicas. A Marta Vinhas, criadora de peças de vestuário feitas com fibras naturais e usando técnicas e processos tradicionais, vai partilhar técnicas simples para remendar e cerzir com muito estilo as nossas peças preferidas de roupa.
Participação sujeita a inscrição através do website da Alvorada https://lavorada.pt/workshops-lavorada-2024/

À conversa com… Marta Vinhas – Fios que a terra tece e o mar leva | 15h30 | Festival Lavorada

O vestuário é uma parte fundamental do nosso quotidiano, quer pela função básica de proteção do corpo humano, quer pelo papel que desempenha na nossa identidade individual e cultural. Ao contrário dos nossos antepassados que utilizavam fibras naturais para tecer as suas roupas, hoje cerca de 60% da roupa produzida no mundo é feita de fibras sintéticas (plástico), as quais demoram séculos a decompor e acabam às centenas de milhar nos oceanos. Além do impacto ambiental da produção têxtil e dos resíduos, existem também consequências para a nossa saúde e para a economia local dos lugares onde vivemos. De que forma podemos inverter esta situação fazendo do vestuário uma fonte de inspiração no nosso quotidiano e um setor vibrante das economias locais, sempre com muito estilo?
Entrada livre nos Jardins da Biblioteca Rocha Peixoto.
Marta Vinhas vive em Aver-o-Mar, tem 20 anos de experiência na indústria têxtil, e esteve envolvida na criação de marcas, normativas de sustentabilidade, participou na recuperação de técnicas artesanais têxteis e preservação do saber fazer. Hoje luta por um sector de moda limpo e justo.  Quando entrou em contacto com a fibra de cânhamo pela primeira vez em 2018 decidiu criar um projeto de moda que pretende criar um ecossistema inovador baseado na fibra de cânhamo cultivada de forma regenerativa em colaboração com agricultores, comunidades de artesãos e indústria têxtil portuguesa. Em 2021 nasce a Sensihemp, cuja missão da marca é democratizar o cânhamo nos têxteis, uma vez que é a planta mais regenerativa do planeta e pode transformar e mitigar os efeitos negativos criados pela indústria têxtil. Pretende criar produtos que respeitem o meio ambiente, e tenham responsabilidade ética, social e ambiental, utilizando técnicas e processos tradicionais que estão em vias de extinção.

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